GESTÃO DE RESÍDUOS ALIMENTARES E A ECONOMIA CIRCULAR NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

Autores

  • Diana Gonçalves Lunardi Universidade Federal Rural do Semi-árido
  • José Eric da Silva Queiroz Universidade Federal Rural do Semi-Árido
  • Larissa Leykman da Costa Nogueira Universidade Federal Rural do Semi-Árido
  • Vitor de Oliveira Lunardi Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Palavras-chave:

Biofertilizante, Composto orgânico, . Usina de compostagem, Sobra de comida, Objetivo de desenvolvimento sustentável

Resumo

A economia circular contrasta com o sistema produtivo atual, para avaliar o impacto dos produtos e reduzir a geração de resíduos. A Universidade Federal do Semi-Árido (UFERSA), localizada no município de Mossoró, Rio Grande do Norte, possui um restaurante universitário responsável por servir cerca de 1.600 refeições diárias. A grande quantidade de resíduos alimentares gerados, cerca de 50-80 kg/dia, compostos principalmente pelas sobras de alimentos, tem exigido o desenvolvimento de processos voltados ao seu reaproveitamento sustentável. Neste estudo, aplicamos o conceito de economia circular para propor um sistema adequado de gestão do desperdício de alimentos. Esse sistema de integração incluiu: (i) treinamento de funcionários sobre gestão de resíduos, (ii) construção de usina de compostagem termofílica e (iii) logística de transporte para coleta de resíduos orgânicos e distribuição de composto orgânico e adubo líquido. A usina de compostagem termofílica construída é composta por oito cilindros de polietileno com cobertura de fibra de vidro. Cada cilindro tem um diâmetro de 1,1 m e uma altura de 1,0 me capacidade de processamento de até 50-80 kg de resíduos alimentares/dia. A usina de compostagem contém um sistema de drenagem de tubos de PVC, conectando todos os cilindros e uma caixa coletora de 500 L, para armazenamento temporário do adubo líquido. Os seguintes parâmetros do composto orgânico devem ser monitorados e corrigidos semanalmente, quando necessário: pH, umidade e temperatura. Em condições adequadas de funcionamento da central de compostagem termofílica, prevê-se a produção de 2.500 kg de composto orgânico a cada 100-120 dias, dependendo da composição dos resíduos e das condições climáticas. É importante destacar a necessidade de campanhas educativas frequentes para sensibilizar os universitários na redução da quantidade de desperdício de alimentos em um restaurante universitário. A compostagem de restos de alimentos contribui para a economia de combustível e redução das emissões de dióxido de carbono, uma vez que esse resíduo, que antes era transportado para o aterro, será tratado na própria universidade. A usina de compostagem também contribui para a vida útil do aterro e para a redução dos gastos com a compra de composto orgânico e adubo líquido, utilizados na fazenda experimental universitária e na arborização. Assim, com a economia gerada pela produção de composto orgânico, a universidade poderá oferecer refeições gratuitas a um número maior de alunos pobres, contribuindo para o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2: acabar com a fome e promover a agricultura sustentável.

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Publicado

2022-09-05 — Atualizado em 2022-10-26

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