EDUCAÇÃO AMBIENTAL E PRÁTICAS AGROECOLÓGICAS NA ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL COMO ELEMENTOS CURRICULARES E ATENUADORES DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Autores/as

  • Cícero Erivaldo de Lima UNEB
  • Luciano Sérgio Ventin Bomfim UNEB

Palabras clave:

Educação contextualizada, currículo, famílias camponesas, variação de temperatura

Resumen

Os meios de comunicação em massa diariamente noticiam alguns fenômenos climáticos extremos e, a cada dia, muito se fala em educação ambiental, bem como de formas produtivas que não agridem os solos e o meio ambiente. Nessa conjuntura, abrem-se discussões sobre a educação ambiental e as práticas agroecológicas. Recentemente, o Ministério de Educação lançou o programa de escola de tempo integral na perspectiva de melhorar a qualidade da educação pública ofertada. Dada a importância dessa política de aumento do tempo escolar, faz-se necessária uma reflexão sobre a qualidade dos aprendizados que esses educandos devem receber nesse tempo extra, com uma carga horária mais extensa. A escola deve criar estratégias e melhorar o currículo para não provocar fadigas com conteúdoeducacionais descontextualizados para o educando, contribuindo para o fortalecimento de vínculos sociais e a troca de experiências para sua vida familiar e comunitária. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo apresentar as atividades desenvolvidas no âmbito da Escola Rural Paulo Limaverde,no distrito de Santa Fé, no Crato, Ceará, como contribuição da educação ambiental e das práticas agroecológicas na escola de tempo integral como elementos curriculares e atenuadores das mudanças climáticas. A metodologia trabalhada levou em conta os seguintes elementos construtores: observação participante, levantamento bibliográfico, pesquisa na plataforma do Instituto Nacional de Meteorologia –  INMET /CLIMAP 3.0, com produção de gráficos relacionados à variação da temperatura no município do Crato-Ceará, contatos diretos com o núcleo gestor da escola, alunos, professores, pais e organizações difusoras que promovem as práticas agroecológicas em parceria com as organizações sociais locais camponesas. Para fundamentar as argumentações, definimos como orientação teórica o materialismo histórico-dialético, por entendermos que as mudanças estruturais da sociedade se iniciam na esfera econômica. As ações estudadas nas análises deste trabalho levaram à conclusão de que a urgente necessidade de fortalecimento das experiências de educação ambiental e práticas agroecológicas é balizadora de atitudes que mudam ou mesmo diminuem os constantes impactos no campo climático, em especial com o aumento da temperatura e os baixos índices pluviométricos para a produção agrícola. A organização de eventos na comunidade escolar buscou envolver todos nas discussões e na difusão das ações, por meio de passeios ciclísticos ecológicos, plantio de árvores nativas, lançamento de bombinhas de sementes, apoio às feiras locais de produção orgânica com práticas agroecológicas nas comunidades do distrito de Santa Fé. Entender a mecânica da natureza é um passo importante para refletir uma dinâmica de viver e estabelecer valores e criar estruturas que fortaleçam as bases que sustentam todo um complexo sistema de composição biológica da vida com a educação ambiental interdisciplinar, as práticas agroecológicas e as tecnologias sociais que são apontadas como passos a serem seguidos.

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Biografía del autor/a

Cícero Erivaldo de Lima, UNEB

1Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial - PPGADT / UNEB / DTCS - Campus III.

Luciano Sérgio Ventin Bomfim, UNEB

Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial - PPGADT / UNEB / DTCS - Campus III.

Publicado

2024-07-28